2025 e a esperança de uma Câmara de Vereadores pulsante como um coração

Nos idos da redemocratização, década de 1980. Ah, aqueles anos! A Câmara de Vereadores de Aracaju foi um caldeirão borbulhante, onde os debates se despiam de formalidades e mergulhavam nas veias abertas da cidade.

Não era só legislar — era viver, respirar, pulsar. Mas, o que aconteceu? Passaram-se os anos e aquele reduto vibrante foi virando um labirinto acinzentado, onde as ideias se perdiam num emaranhado de mesuras entre iguais.

Eis que se vislumbra 2025, prometendo uma lufada de ar fresco, encarnada no choque entre quatro figuras: Breno Garibalde, Sônia Meire, Iran Barbosa e Moana Valadares. Difícil imaginar que os quatro apenas brinquem de casinha.

Breno Garibalde, um virtuoso da comunicação! Suas palavras e propostas claras e afiadas avançam em repercussão política. O salto dado por ele no número de votos e a ousada dança partidária, entre 2020 e 2024, falam mais alto que qualquer comício.

No campo da esquerda, Sônia Meire e Iran Barbosa. Ela, se firma como guardiã das questões ambientais e de um urbanismo com juízo. Ele, símbolo da luta sindical e da educação, de volta a casa, é presença que impõe respeito.

A vitória eleitoral dessa dupla promove redefinições importantes. Internamente, ampliam e diversificam os horizontes do PSol. No contexto ideológico, assumem o protagonismo de esquerda na Câmara de Vereadores, deixando em segundo plano o próprio PT.

E por último, mas não menos importante, Moana Valadares. Um nome que ressoa como o trovão da nova extrema direita. Se reproduzir atitudes e a retórica inflamada do marido, o deputado federal Rodrigo Valadares, não passará despercebida.

Essas quatro forças, como raios, prometem colidir e confluir nos corredores da câmara, reacendendo o espírito do debate acalorado. Assim, talvez, a casa possa voltar a pulsar como coração político da cidade.

Fotos: Redes Sociais / Reprodução.