Irmão Dedé e o islamismo em Itabaianinha

O universo conspira de maneiras misteriosas. Em uma cidade do interior de Sergipe, uma nova história de fé e transformação está sendo escrita.

Muitos olham o Islam com olhos de medo, associando-o a imagens de terror e violência. Mas, recentes acontecimentos em Itabaianinha apresentam uma narrativa diferente.

Um pastor evangélico, movido pela busca do conhecimento, ousou extrapolar as fronteiras de sua fé. Nessa busca, ele encontrou o caminho de Alá.

Como um alquimista espiritual, irmão Dedé transformou sua igreja em uma mussala e 18 almas pioneiras o acompanharam nessa metamorfose de culto e fé.

Agora, imaginem só: numa cidade do interior de Sergipe, Alá é louvado sob o mesmo céu que abençoa as procissões católicas e os cultos evangélicos.

Um estudante da pós-graduação em Ciências da Religião, na Universidade Federal de Sergipe, José Alberto Costa Silva, resolveu documentar essa extraordinária jornada.

Assim nasceu a dissertação agora publicada em livro: O Islam na Região Nordeste do Brasil. Exemplares podem ser adquiridos em contato com o autor: (79) 99806-9077 ou no site da editora CRV.

Segundo propõe o livro de José Alberto Costa Silva, Itabaianinha, localizada no sul sergipano, tornou-se um novo centro do Islam no Nordeste.

Essa história nos ensina que os caminhos do mistério são imprevisíveis. Onde antes havia um templo evangélico, agora há uma mussala.

Onde antes havia medo do desconhecido, agora há uma oportunidade de compreensão e diálogo.

Texto transcrito da orelha do livro O Islam na Região Nordeste do Brasil: “Considerada a segunda maior religião do planeta em número de seguidores, atrás apenas da Católica Apostólica Romana, o Islam ressurge na região Nordeste do Brasil de forma minoritária, contrariamente ao que se via nos anos 1830, principalmente em Salvador, na Bahia, onde a maior parte da população era mulçulmana, inclusive os escravos oriundos do continente africano e de negros libertos. Nesse toar, hodiernamente, um pequeno município sergipano, Itabaianinha, reaparece no cenário nacional, primeiramente como a cidade dos anões, por conta de um contingente significativo de pessoas abaixo de 1,20 m de altura; segundo, em razão da reversão coletiva de um grupo de evangélicos para a Religião Islâmica.”