Lula, Trump, Bolsonaro e mais alguns nomes no imaginário político brasileiro
- Tônia Lobão
- 11 de dez. de 2024
- 2 min de leitura
Atualizado: 30 de jan.

Marcelo Deda faleceu precocemente em 2013 e, de lá pra cá, o PT em Sergipe sequer chegou perto de assumir a centralidade política alcançada no tempo do ex-governador.
É provável que o mesmo aconteça no Brasil, após a aposentadoria de Lula das disputas eleitorais. Não é por acaso que qualquer abalo na saúde do presidente faz fervilhar as especulações sobre o assunto.
Agora mesmo, Lula foi internado para uma cirurgia emergencial. Médicos garantem que não haverá sequelas. Porém, o burburinho sobre a sucessão em 2026 está bombando!
Pesquisas indicam que um pouco mais da metade da população quer a continuidade do ideário político encarnado em Lula. Mas, sem ele, isso é possível?
Com Bolsonaro inelegível e caso Lula não concorra à reeleição, teremos um quadro inusitado. Uma corrida presidencial sem as duas mais visíveis lideranças políticas do país.
Curiosamente, entre a chamada extrema direita, o tema não parece tão dramático. Já em 2022, contados os votos, muita gente apontava o governador Tarcísio de Freitas como novo líder.
Este ano, um motorista de aplicativo me disse, com certeza, que uma vitória de Trump nos EUA bastaria para Bolsonaro ser reconduzido ao comando do Brasil.
Seja lá como for, pelo que posso perceber nesses contatos do dia a dia, o eleitorado que aderiu a Bolsonaro, com ou sem ele, não aparenta preocupação com os rumos do ideário.
Já no caso do espectro de esquerda, parece haver muito mais interrogações. Um indício dessas indefinições são as pesquisas de opinião que começam a pipocar sobre o tema.
Alckmim, praticamente esquecido em São Paulo, é lembrado por ser o vice-presidente. Mas, apenas se viesse a assumir o mandato de Lula teria alguma mínima chance de ressurgimento.
Outros nomes participam de uma ciranda confusa. Boulos e Haddad sobressaem levemente, mas, ainda longe de alcançar um autêntico e amplo reconhecimento.
Assim, percebe-se mais um aspecto da polarização política. Um lado agarra-se à expectativa de uma virada de mesa desconcertante. O outro sofre com a escassez de uma nova liderança nacional.
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