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O Bahia e a cintura dura de Ceni

Bahia na Libertadores

A eufórica torcida do Bahia e muitos simpatizantes acreditaram que o time poderia ser campeão brasileiro. No final das contas restou a conquista de uma vaga na Libertadores.


Isso é pouco ou muito? É muito se considerarmos que o tricolor participou da Libertadores apenas três vezes e já faz um bom tempo: em 1960, 1964 e 1989.


É pouco, em minha opinião, se for levado em conta todo o investimento recebido pela equipe agora em 2024 e o elenco vistoso que foi montado.


O oitavo lugar no Brasileirão foi garantido apenas na última rodada e com uma vitória na Fonte Nova sobre uma equipe já rebaixada para a série B.


Sim, o Bahia teve uma fase na qual começou a apresentar um futebol bonito e vitorioso. Foi quando beliscou a ponta da tabela e assumiu a feição de candidato a campeão.


Porém, aos poucos, o time começou a minguar. A equipe parecia engessada dentro de campo, sem alternativas, sem diversificação de jogadas e presa fácil para os adversários.


E quanto a Rogério Ceni, sai ou permanece no Tricolor de Aço? A julgar por declarações atribuídas ao controlador financeiro do clube, o ex-goleiro é imexível.


Ceni foi um goleiro maravilhoso. Além de cumprir com excelência a missão defensiva, foi craque na cobrança de faltas. Um raríssimo caso de goleiro artilheiro.


Encerrada a carreira sob o travessão, fez um bom trabalho comandando o Fortaleza. Entretanto, avalio que o brilho como jogador insuflou a promessa como técnico.


Uma grande oportunidade, talvez a maior, foi comandar o Flamengo a partir de 2020, em substituição ao desastre espanhol Domenec Torrent.


Mas o ano de 2020 foi excepcional. Mesmo com o Flamengo jogando mal, parece que todos os outros times resolveram entregar o título do Brasileirão ao urubu.


Na reta final da série A de 2020 o Flamengo perdia jogos importantes, mas, os adversários diretos tropeçavam em jogos fáceis. Isso aconteceu em seguidas rodadas.


Assim, sem um brilho próprio, mais por conta dos outros do que de si mesmo, aos trancos e barrancos, o rubro-negro recebeu de mão beijada a taça de campeão.


Avalio que aquilo foi um acontecimento enganoso na carreira do Ceni treinador. Aquele foi um título incompatível com o futebol jogado pelo time.


De longe, para quem vê o futebol da arquibancada ou na TV, minha impressão é que Ceni ainda tem a cintura muito dura para a função.


Bom, a Bahia é o lugar certo pra aprender o molejo e 2025 será um ano decisivo. Ou o Bahia deslancha ou ficará explícita a necessidade de um novo rumo.


Foto: Rede Social / Reprodução

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